É com muita satisfação que anunciamos, neste dia que marca o início da Primavera, da primeira fase da instalação, no espaço do Clube de Robótica/ História, da estação meteorológica integrante do Projeto Apolo.
O projeto APOLO (nome criado a partir da mitologia grega, onde Apolo era o deus da luz e do sol, apontando-se, assim, a valorização da energia natural), em implementação, decorre ação de ações estruturantes do Agrupamento, vertidas no seu projeto Educativo e corporizadas no projeto PADDE, tendo a colaboração dos alunos do Clube de Robótica, projeto que também emana de dois Clubes de Ciência Viva no Agrupamento, um no 1º ciclo e outro na escola-sede, tendo já sido construída uma “estação meteorológica”, instalada fisicamente no espaço do Clube de História e de Robótica.
De facto, estando o Agrupamento inserido num meio que tem, a norte, forte predominância agrícola, com a existências dos característicos campos de masseira e estudas de produção hortícola, avançamos para a disponibilização, aos agricultores e horticultores locais, de dados reais e atualizáveis ao minuto, ao do nível de temperatura, humidade, luminosidade e vento. Esta informação, em tempo real, a disponibilizar na página do Agrupamento e também através de uma App, a ser construída especificamente para o efeito, permitirá, ainda, a utilização destes dados pelos alunos do 2º e 3º ciclos, e mesmo do 1º ciclo, desde logo em disciplinas como Estudo do Meio, Geografia, Ciências Naturais, Física e Química, Matemática, TIC e Cidadania e Desenvolvimento, entre outras, alavancando-se nestes dados vários projetos e ações.
O projeto, com potencial de crescimento e ligação de novos sensores, respondendo a desafios e ao crescente envolvimento dos alunos, contempla também a instalação, em salas de aula, de sensores de monitorização da temperatura e qualidade da luminosidade para redução do consumo energético, tendo sempre, a preocupação o aproveitamento da luz solar e baixar/desligar o aquecimento.
A medida iniciou-se com uma sala de teste, no bloco B, aferindo-se indicadores de utilização: a título de exemplo, se a sala estiver bem iluminada, o sensor sugere desligar a luz artificial e se estiver dentro do intervalo de conforto térmico para humanos, sugere baixar a intensidade ou desligar o aquecimento; se estiver fora, vai ligar, apenas pelo tempo necessário para voltar ao intervalo de conforto térmico.
Este procedimento, pretende-se, será alargado a todos os blocos (fase II) e num momento posterior, a todas as salas (fase III), almejando-se, no horizonte de 3 anos, ter sensores instalados em todos os espaços escolares.
Visto um número elevado dos nossos alunos se deslocarem de bicicleta para a escola, aproveitando, desde logo, a orografia de terrenos envolvente, estão a desenvolver-se, através do Clube de Robótica, “kits elétricos para bicicletas”, no sentido de ajudar os alunos com percursos mais longos (muitos alunos residem a mais de 3 km da escola).
Os kits são alimentados a bateria e construídos a partir de peças feitas por fabricação por método aditivo FDM, vulgarmente conhecida como impressão 3D, com recurso a filamento proveniente da reciclagem de garrafas PET. A reciclagem das garrafas é feita pela escola, fazendo-se depois, através de equipamento específico de corte, a sua transformação em filamento para uso na impressora 3D, um dos equipamentos adquiridos com a verba do Prémio Energy Up, que nos foi atribuído em 2021/22.
O Kit permite acoplar a uma bicicleta convencional o kit de tração assistida elétrica, que quando em uso, consome bateria, e quando invertida a utilização, produz energia para recarregar a bateria. Para a sua construção foram, dentro dos limites técnicos e tecnológicos, aproveitados materiais que, de outra forma, seriam resíduos eletrónicos e/ou plásticos, para a construção, sendo o número de peças novas mínimo, nomeadamente motores, controladores e componentes metálicos.
O projeto, depois da sua aplicação em bicicletas (este ano letivo), pretende, no próximo ano, estender-se a um kart a pedais, integrante do projeto de “Escola de Referência para a Educação Rodoviária”, em aplicação no Agrupamento. Desta forma, pretende-se simular a condução de uma viatura motorizada, sendo também relevante para utilização por alunos com mobilidade condicionada, que assim serão mais autónomos aquando da utilização do circuito.
Fotos da instalação da primeira fase da estação, neste dia 21 de março, envolvendo alunos, professores e funcionários.