
O Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar marcou presença na 1º edição da EdTech Summit Portugal, que teve lugar nos passados dias 10 e 11 de março, no Convento de São Francisco em Coimbra.
Estiveram presentes neste evento mais de 450 pessoas, num espaço de reflexão sobre educação, e em simbiose de experiências inspiradoras e mostra de tecnologias aplicadas à educação. Nesta iniciativa decorreram workshops para docentes de todos os níveis de ensino e partilha de experiências e práticas.
Desenvolveram workshops na linha do digital e do desenvolvimento computacional. As temáticas criteriosamente selecionadas: Animação multimédia: Utilização das novas tecnologias em sala de aula; As potencialidades do eTwinning em contexto educativo; Desenvolvimento do pensamento computacional com atividades sem computador; Como a robótica e a inteligência artificial irão mudar a nossa vida na escola; Comunicar Ciência: O quê? Porquê? Quando? Onde? Quem? e Como?¸ A dimensão didático-pedagógica em ambientes digitais de aprendizagem. O uso do StoryMaps em Geografia; Produzir Podcasts: estratégias para usar o som como ferramenta pedagógica; Projetos interativos com micro:bit; Storytelling em educação e a comunidade da ciência; Ferramentas digitais para a Educação Inclusiva; Aprendizagens em Linha – Literacias, Currículo e Biblioteca Escolar; “Larga o telemóvel”; A e-gamificação como estratégia da capacitação para os ODS; Atividades de aprendizagem ativa com STEAM (Science, Technology; Engineering, Arts and Mathematics; Educar para a literacia digital e mediática; Mind Hackers: Conexão e concentração em sala de aula; Apresentações em público entre outras.
As professoras Filipa Pereira e Fátima Cunha participaram nos workshops: Projetos Interativos com Micro:Bit- O micro:bit é um computador de bolso, contido numa pequena placa, com dimensão menor que a um cartão de crédito. Foi desenvolvido pela BBC e tem alcançado um grande sucesso mundial. Ajuda a entender como o software e o hardware funcionam juntos, podendo ser utilizado por crianças desde o primeiro ciclo até ao ensino secundário, com programação por blocos ou na linguagem Python. Dispõe de um ecrã de LEDs, botões, sensores e outras funcionalidades para interagir com o mundo físico. Este pequeno computador permite ensinar e aprender programação, concretizando projetos STEAM com criatividade, inovando em educação. Pode ser uma fonte de estímulo à aprendizagem, ao desenvolvimento do raciocínio e do pensamento computacional.
Além do Micro:Bit as professoras tiveram oportunidade de experienciar atividades de aprendizagem ativa com projetos STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics), utilizando placas Makey, com programação Scratch.
É necessário alterar as metodologias de ensino de maneira a integrar as diversas áreas do saber, estimular a criatividade e aproximar o ensino da sociedade e do mercado de trabalho de forma que os alunos percebam a aplicação prática dos seus conhecimentos e adquiram competências úteis para os empregos do futuro.
Tendo por base a partilha de saberes e experiências foi também criado um espaço para a apresentação de experiências inspiradoras com temáticas diversificadas denominado “Show and Tell”: desmaterialização da Escola, manuais digitais; processos criativos; Economia circular do conhecimento; Projetos Europeus; Inovação Pedagógica; Realidade virtual; soft skills em educação, interdisciplinaridade, Literatura e Tecnologia. As intervenções variaram entre docentes do ensino superior, representantes de empresas, docentes do ensino secundário e básico e criadores de conteúdos digitais de apoio ao curriculum. O espaço Speed Sharing permitiu conversar com as empresas e conhecer as soluções que apresentam, trocar ideias e experiências.
De acordo com relatório “The Future of Jobs”, 4 em cada 5 crianças que entram hoje na escola vão ter empregos que ainda não foram inventados e 40% das competências do futuro são diferentes das de hoje (World Economic Forum, 2020).
No final da cimeira contamos com a excelente intervenção do professor emérito Cristovam Buarque com o tema A “Educação para a construção de um futuro comum”, a ideia de uma educação planetária que sirva a todas as pessoas tendo por base a solidariedade, a diversidade e a humanidade. Culminou com a visão antropológica da Educação, com ideias fundamentais, estruturantes para perspetivar a Educação para um futuro comum, para que todos possam ter um futuro neste planeta.