O sismógrafo instalado na Escola Básica de Aver-o-Mar registou o sismo ocorrido, há momentos, na zona de Lisboa.
De acordo com o IPMA, “pelas 13h24 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 4.7 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 14 km a Oeste-Sudoeste de Seixal”.
A imagem que acompanha esta publicação é um registo extraído do sismógrafo de Aver-o-Mar (tem a designação REA4D), ligado a uma rede mundial. No link abaixo podem aceder a essa rede (também acessível a partir do site), podendo visualizar-se diferentes dados, como sejam dados em direto (ao vivo), registos das últimas 24 (gráfico ou formato MSeed), entre outros registos. Atenta a imagem geral, o sismo agora acontecido surge, nesta rede internacional, com a magnitude de 4,8 (Richter), sendo visíveis outras ocorrências, muitas delas também referenciadas no equipamento instalado na escola-sede do Agrupamento.
O projeto @Formiga é uma plataforma digital que serve como um repositório para a criação de conteúdos didáticos, com foco no conhecimento do meio envolvente. O projeto também inclui a criação de guiões exploratórios e de boas práticas em sala de aula, respeitando os termos do RGPD.
A produção dos conteúdos é um processo aberto, suportado por uma avaliação científica e técnica, visando a promoção de aprendizagens contextualizadas e a divulgação do meio local.
O projeto prevê uma ação específica para crianças da Educação Pré-escolar e alunos do 1º ciclo, focada em problemas de linguagem e de aprendizagens.
O nome @Formiga simboliza um trabalho minucioso e articulado, onde diferentes intervenientes contribuem para uma causa comum. Assim como as formigas armazenam o seu alimento, a plataforma armazena conteúdos que podem ser utilizados por períodos alargados e por outros agentes.
O projeto visa o desenvolvimento integral dos alunos, em linha com o Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória – PASEO. Pretende-se fomentar a implementação de processos articulados, desde a Educação Pré-escolar ao 9º ano, para desenvolver competências que melhorem o processo de aprendizagem.
Os princípios presentes no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória são relevantes para este projeto, incluindo a base humanista, o saber, a aprendizagem, a inclusão, a coerência e a flexibilidade. O projeto visa contribuir para a promoção do sucesso escolar, o reforço dos mecanismos de inclusão escolar e a redução das desigualdades no acesso e na qualidade da educação.
Os princípios presentes no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória são:
I. Base humanista: A escola deve habilitar os jovens com saberes e valores para a construção de uma sociedade justa, centrada na pessoa e na dignidade humana.
II. Saber: O conhecimento está no centro do processo educativo. A escola deve desenvolver nos alunos a cultura científica que permite compreender e intervir sobre as realidades naturais e sociais.
III. Aprendizagem: As aprendizagens são essenciais no processo educativo. A ação educativa deve promover o desenvolvimento da capacidade de aprender.
IV. Inclusão: A escolaridade obrigatória é para todos, promovendo equidade e democracia. A escola deve acolher uma diversidade de alunos e garantir o acesso e a participação plena de todos.
V. Coerência e flexibilidade: A ação educativa deve ser coerente e flexível, permitindo a exploração de temas diferenciados e trazendo a realidade para o centro das aprendizagens.
VI. Adaptabilidade e ousadia: Educar no século XXI exige a capacidade de se adaptar a novos contextos e estruturas, atualizando conhecimentos e desempenhando novas funções.
VII. Sustentabilidade: A escola deve contribuir para formar nos alunos a consciência de sustentabilidade, um dos maiores desafios do mundo contemporâneo, estabelecendo relações de sinergia e simbiose entre os sistemas social, económico e tecnológico e o Sistema Terra.
O projeto @Formiga visa promover valores como responsabilidade, integridade, excelência, curiosidade, inovação, cidadania e liberdade. O objetivo é desenvolver integralmente diversas áreas de competências, incluindo linguagens e textos, informação e comunicação, raciocínio e resolução de problemas, pensamento crítico e criativo, relacionamento interpessoal, desenvolvimento pessoal e autonomia, bem-estar, saúde e ambiente, sensibilidade estética e artística, saber científico, técnico e tecnológico e consciência e domínio do corpo.
O projeto utiliza equipamentos existentes da Escola-sede, incluindo os laboratórios de Educação Digital – LED Tipo 2, e material associado a projetos em funcionamento, como o Clube de Comunicação, de Robótica, de Ciência Viva e Desporto Escolar. Há um forte enfoque em atividades práticas e saídas de campo, especialmente considerando as limitações impostas pela pandemia.
O projeto também visa a inclusão de alunos com limitações físicas, através da eliminação de barreiras e da disponibilização dos produtos finais em vários formatos. Há uma fase inicial de capacitação dos utilizadores para a utilização dos equipamentos e tecnologia, incluindo ferramentas de edição de imagem e programação.
Para maximizar o uso do equipamento LED existente, serão reforçadas as ações de capacitação, em articulação com o CFAE da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde e instituições do ensino superior. O objetivo é capacitar docentes e alunos tutores para a exploração de atividades de aprendizagem ativa com recurso aos equipamentos tecnológicos disponíveis nos LED. Estes poderão potenciar a criação de novos conteúdos, que possam ser usados em futuras situações de aprendizagem e em níveis escolares mais baixos, tendo como denominador comum o meio local.
O projeto @Formiga promove a criação de “guiões de apoio à utilização” para permitir a replicação futura de práticas por docentes e discentes. Há um foco na produção de conteúdos associados ao meio local e à realidade dos alunos, com uma abordagem transversal em várias áreas do conhecimento. O projeto valoriza a metodologia de trabalho de projeto e o trabalho em DAC (domínio de autonomia curricular).
O projeto garante um acesso universal a todas as ferramentas e equipamentos, e a sua disponibilização em formato aberto, respeitando as normas do RGPD. A produção de conteúdos multilingues está alinhada com a diversidade da população escolar, que inclui 24 nacionalidades.
Há uma articulação com instituições de ensino superior e a autarquia local para a criação de conteúdos técnicos específicos e o tratamento de questões de interesses locais. O envolvimento destas entidades externas também se baseia numa lógica de curadoria e validação científica.
O projeto está alinhado com as diretivas da União Europeia para a proteção do ambiente e desenvolvimento sustentável. Todos os materiais produzidos estão alinhados com estes princípios, priorizando o digital e formatos facilmente replicáveis, sem custos, em sistema opensource.
O projeto promove boas práticas para o desenvolvimento sustentável, com vídeos divulgados em plataformas digitais não poluentes e materiais impressos preferencialmente em material reciclado ou proveniente de florestas sustentáveis. Há também a promoção de estilos de vida saudáveis, através da promoção do exercício físico e de workshops para a confeção de produtos alimentares saudáveis.
Destaca-se o envolvimento dos assistentes operacionais e da Associação de Pais, que têm um papel importante na implementação das ações do projeto.
O projeto @Formiga trabalha com os alunos de forma global, com foco em determinados anos/níveis, baseado no diagnóstico feito. O projeto assegura a não discriminação de género e visa combater a desistência ou abandono escolar através da promoção de atividades inovadoras e desafiantes, apoiadas por tecnologia.
Grupos de trabalho específicos são criados para focar em alunos com mais dificuldades de aprendizagem, seja devido a limitações decorrentes da pandemia, entrada tardia no sistema de ensino ou outras limitações. Isso inclui alunos de PLNM, anos de mudança de ciclo, alunos do 1º ciclo e da Educação Pré-escolar.
O projeto conta com um grupo de profissionais experientes e motivados, capazes de fornecer acompanhamento personalizado e especializado. As ações propostas estão alinhadas com os objetivos do Projeto Educativo e são validadas através do Plano Anual de Atividades.
As atividades do projeto incluem: a) Criação de um site/repositório digital online; b) Alimentação regular do repositório com conteúdos próprios e técnicos/pedagógicos; c) Capacitação de utilizadores na utilização de ferramentas digitais associadas à imagem e som; d) Realização de encontros para assessoria e acompanhamento no desenho do repositório e na utilização das ferramentas digitais; e) Realização de saídas de campo/visitas de estudo para recolha de registos/trabalho de campo; f) Produção de materiais e conteúdos digitais relacionados a diferentes áreas disciplinares; g) Aquisição de conteúdos específicos; h) Produção de conteúdos técnicos; i) Acompanhamento e monitorização da implementação e desenvolvimento do projeto.
No passado dia 1 de março, Dia da Proteção Civil, foi formalmente ligado o sismógrafo RS1D instalado na escola-sede do Agrupamento. Trata-se de um equipamento com um digitalizador sismómetro vertical de nível profissional (geofone), com hiper-amortecedor e computador, numa solução multifuncional que permite monitorizar eventuais terremotos bem como todos os tipos de atividade de movimento do solo.
O equipamento agora instalado, para além de ligado numa rede internacional de sismógrafos, assenta num projeto desenvolvido pelo Clube de Robótica, em articulação com o Clube de Saúde e Proteção Civil, contando com o apoio do Município da Póvoa de Varzim, estando também os dados a ser disponibilizados à Proteção Civil Municipal. A informação recolhida é ainda relevante para diversas disciplinas, permitindo a análise de dados reais e locais que os alunos conhecessem, o que acaba por ser considerado como uma mais-valia neste processo.
A sensibilidade do sismógrafo permite detectar terremotos poderosos ocorridos no outro lado do planeta e todas as magnitudes de atividade sísmica na região que cause um movimento vertical do solo, sendo que todos os tipos de movimento do solo podem ser monitorizados a partir de atividades naturais, bem como provocadas pelo homem, incluindo: tráfego, fraturamento hidráulico, explosões, erupções, avalanches, deslizamentos de terra, terremotos etc..
A visualização da estação indicará em tempo real toda a atividade, sendo que o normal é apenas apresentar dados de muito pouca intensidade, causados pelo natural movimento tectónico de placas, não indicando assim nenhum risco.
Em caso de sismo, dado que o sismógrafo está ancorado no afloramento rochoso, ele detectá-lo-á automaticamente apresentará um pop-up com o alerta sísmico, situação que esperemos que nunca venha a ocorrer!
Em caso de duvidas, podem e devem sempre consultar o site do IPMA em IPMA – Mapa sismicidade
Devemos sempre ter em atenção que a esmagadora maioria dos sismos não são sentidos nem provocam danos. A sua magnitude é medida utilizando a escola de Richter.
A magnitude avalia-se medindo a máxima deslocação ou amplitude dos traços dos sismógrafos, sendo determinada depois de feita a correção devida à distância entre o epicentro e o sismógrafo. A magnitude e a intensidade são duas medidas distintas usadas para caracterizar terremotos, que importará perceber:
Magnitude: concebida pelo físico e sismólogo americano Charles Francis Richter e seu colega Beno Gutenberg, a magnitude de um terremoto é uma medida quantitativa da energia liberada durante o evento sísmico. Geralmente expressa numa escala logarítmica, como a Escala Richter, a magnitude é determinada com base nas amplitudes máximas das ondas sísmicas registradas em sismógrafos, considerando-se que quanto maior a magnitude, maior a energia liberada pelo terremoto.
Intensidade: a intensidade de um terremoto descreve os efeitos reais do evento em áreas específicas, como danos a estruturas, impacto nas pessoas e na paisagem. Expressa qualitativamente, a intensidade utiliza a Escala de Intensidade Mercalli Modificada (MMI). Essa medida varia conforme a distância do epicentro, a geologia local e outros fatores. Por exemplo, um terremoto de magnitude moderada pode causar danos significativos numa área densamente povoada, enquanto um terremoto de magnitude maior pode ter efeitos menores em uma área menos desenvolvida.
Na escala introduzida em 1935 por Gutenberg e Richter, posteriormente conhecida como Escala de Richter, um sismo de magnitude 2 representa o mínimo perceptível para uma pessoa, geralmente sentido como um leve tremor. Os danos em edifícios começam a ser significativos acima de magnitude 6.
Assim, não se alarme ao ver os dados da estação! Mantenha a calma, procure confirmar com o site do IPMA a informação para validação adicional.
A título de exemplo, na madrugada do passado dia 10 de março foi detectado, pela rede sísmica nacional do IPMA, um pequeno sismo de magnitude 0.9 na zona de Valongo (imagem abaixo), sendo que o mesmo também foi detectado no sismógrafo instalado nesta escola (segunda imagem).
É com muita satisfação que anunciamos, neste dia que marca o início da Primavera, da primeira fase da instalação, no espaço do Clube de Robótica/ História, da estação meteorológica integrante do Projeto Apolo.
O projeto APOLO (nome criado a partir da mitologia grega, onde Apolo era o deus da luz e do sol, apontando-se, assim, a valorização da energia natural), em implementação, decorre ação de ações estruturantes do Agrupamento, vertidas no seu projeto Educativo e corporizadas no projeto PADDE, tendo a colaboração dos alunos do Clube de Robótica, projeto que também emana de dois Clubes de Ciência Viva no Agrupamento, um no 1º ciclo e outro na escola-sede, tendo já sido construída uma “estação meteorológica”, instalada fisicamente no espaço do Clube de História e de Robótica.
De facto, estando o Agrupamento inserido num meio que tem, a norte, forte predominância agrícola, com a existências dos característicos campos de masseira e estudas de produção hortícola, avançamos para a disponibilização, aos agricultores e horticultores locais, de dados reais e atualizáveis ao minuto, ao do nível de temperatura, humidade, luminosidade e vento. Esta informação, em tempo real, a disponibilizar na página do Agrupamento e também através de uma App, a ser construída especificamente para o efeito, permitirá, ainda, a utilização destes dados pelos alunos do 2º e 3º ciclos, e mesmo do 1º ciclo, desde logo em disciplinas como Estudo do Meio, Geografia, Ciências Naturais, Física e Química, Matemática, TIC e Cidadania e Desenvolvimento, entre outras, alavancando-se nestes dados vários projetos e ações.
O projeto, com potencial de crescimento e ligação de novos sensores, respondendo a desafios e ao crescente envolvimento dos alunos, contempla também a instalação, em salas de aula, de sensores de monitorização da temperatura e qualidade da luminosidade para redução do consumo energético, tendo sempre, a preocupação o aproveitamento da luz solar e baixar/desligar o aquecimento.
A medida iniciou-se com uma sala de teste, no bloco B, aferindo-se indicadores de utilização: a título de exemplo, se a sala estiver bem iluminada, o sensor sugere desligar a luz artificial e se estiver dentro do intervalo de conforto térmico para humanos, sugere baixar a intensidade ou desligar o aquecimento; se estiver fora, vai ligar, apenas pelo tempo necessário para voltar ao intervalo de conforto térmico.
Este procedimento, pretende-se, será alargado a todos os blocos (fase II) e num momento posterior, a todas as salas (fase III), almejando-se, no horizonte de 3 anos, ter sensores instalados em todos os espaços escolares.
Visto um número elevado dos nossos alunos se deslocarem de bicicleta para a escola, aproveitando, desde logo, a orografia de terrenos envolvente, estão a desenvolver-se, através do Clube de Robótica, “kits elétricos para bicicletas”, no sentido de ajudar os alunos com percursos mais longos (muitos alunos residem a mais de 3 km da escola).
Os kits são alimentados a bateria e construídos a partir de peças feitas por fabricação por método aditivo FDM, vulgarmente conhecida como impressão 3D, com recurso a filamento proveniente da reciclagem de garrafas PET. A reciclagem das garrafas é feita pela escola, fazendo-se depois, através de equipamento específico de corte, a sua transformação em filamento para uso na impressora 3D, um dos equipamentos adquiridos com a verba do Prémio Energy Up, que nos foi atribuído em 2021/22.
O Kit permite acoplar a uma bicicleta convencional o kit de tração assistida elétrica, que quando em uso, consome bateria, e quando invertida a utilização, produz energia para recarregar a bateria. Para a sua construção foram, dentro dos limites técnicos e tecnológicos, aproveitados materiais que, de outra forma, seriam resíduos eletrónicos e/ou plásticos, para a construção, sendo o número de peças novas mínimo, nomeadamente motores, controladores e componentes metálicos.
O projeto, depois da sua aplicação em bicicletas (este ano letivo), pretende, no próximo ano, estender-se a um kart a pedais, integrante do projeto de “Escola de Referência para a Educação Rodoviária”, em aplicação no Agrupamento. Desta forma, pretende-se simular a condução de uma viatura motorizada, sendo também relevante para utilização por alunos com mobilidade condicionada, que assim serão mais autónomos aquando da utilização do circuito.
Fotos da instalação da primeira fase da estação, neste dia 21 de março, envolvendo alunos, professores e funcionários.