AE DE AVER-O-MAR PRESENTE NA JORNADA ANUAL DOS FORMADORES EMBAIXADORES NATO

Decorreram em Lisboa, nos passados dias 19 e 20 de outubro, no Instituto Universitário Militar, as  “Primeiras Jornada dos Embaixadores NATO em Portugal“, com o apoio do Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA), iniciativa que faz parte do  Primeiro Curso de Atualização  de Embaixadores NATO, numa organização da Liga dos Reservistas de Portugal – Reserva Voluntária (LRP-RV).

O Diretor do Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar, Carlos Gomes de Sá, enquanto responsável pela Escola-associada das Forças Armadas, foi convidado para estas  Jornadas, que foi aberta por S. Exª. o General José Nunes da Fonseca, Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas. Seguiu-se a apresentação do Curso e da Reserva Voluntária em Portugal, pelo Comandante Bellem Ribeiro, Representante da Confederação Interaliada dos Reservistas NATO.

Tendo a NATO como tema central, foram muito apreciadas as duas intervenções sobre o tema, no caso “A importância da NATO para a manutenção da paz”, pelo Almirante Luís Macieira Fragoso, Presidente do Conselho Superior da LRP-RV, e “Contributos dos Reservistas para a atração pelo Recrutamento Militar e conhecimento da NATO, junto das suas comunidades”, pelo General Artur Pina Monteiro, Presidente do Conselho Superior da LAMM.

Destaca-se, ainda, a mensagem de S. Exª a Secretária de Estado da Defesa Nacional, bem como o Briefing do EMGFA sobre a participação de Portugal na NATO. No debate que se seguiu foram discutidas algumas possibilidades de colaboração, relevando no caso das escolas a necessidade de mais formação associada à Defesa Nacional e ao Referencial de Cidadania “Defesa e Paz”.

O curso estende-se por quatro módulos de formação, agregando os núcleos do Norte, Centro e Açores, prevendo-se que o próximo Encontro Regional Norte se realize no Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar. Aliás, o Agrupamento foi a única escola presente nesta ação, estando a representar o Núcleo de Reservistas do Norte (agrega os núcleos de Viana do Castelo, Póvoa de Varzim, Esposende e Porto) o Aspirante Alexandrino Costa (de Navais). Também presente a agora Segundo-Tenente de Administração Eduarda Costa, ex-aluna do Agrupamento e que já esteve a partilhar a sua experiência junto dos nossos alunos (Cidadania e Forças Armadas: Aspirante Eduarda Costa volta à sua escola para dar lição – Agrupamento de Escolas Aver o Mar), e o Alferes José Belo, do núcleo de Viana do Castelo, mas que já reuniu na Escola Básica de Aver-o-Mar, no âmbito do projeto Cidadania e Forças armadas. Fazem ainda parte deste núcleo da Póvoa de Varzim a Tenente Julieta Vasconcelos, que também já partilhou a sua experiência de militar, no nosso agrupamento (CIDADANIA E FORÇAS ARMADAS: JULIETA VASCONCELOS APRESENTA TESTEMUNHO – Agrupamento de Escolas Aver o Mar), a que acresce, no ano passado, o contributo de Carlos Maçães (Comando Carlos Maçães volta à escola para dar lição de Cidadania e Forças Armadas – Agrupamento de Escolas Aver o Mar).

Para o 2º período de 2025, e decorrente desta iniciativa, estará na escola-sede o Segundo-Tenente de Engenharia Naval Ramo Mecânica, especializado em Submarinos, Francisco Gaio, que falará sobre a importância das Forças Armadas e da sua experiência de marinheiro, em particular.

Relativamente ao curso, considerando a reorientação das prioridades dos Reservistas Voluntários em Portugal, face ao escalar da guerra de alta intensidade na Europa e à expansão do terrorismo, para novas funções de “Reservistas na Retaguarda”, foram definidas três áreas nucleares:

– Divulgar o “Dever de Defesa” para todos os cidadãos, cumprir o Conceito Estratégico de Defesa Nacional.

– Participar na “Gestão de Crises”, “Estado de Emergência e Estado de Sítio”, a “Home Protection”.

– Combater a desinformação contra a NATO, “Intelligence Gathering contribuindo para vencer a Cognitive Warfare”.

Ora, neste último caso, a escola poderá ter uma ação preponderante, isto quando é sabido que a NATO está a ser confrontada com a publicação de falsas notícias e teorias da conspiração que inquietam e amedrontam as populações ou geram atos de violência e de revolta. Nessa linha, e em articulação com outros parceiros, desde logo os reservistas, podem, nas suas comunidades, colaborar na revelação da desinformação através da “intelligence gathering”, ou a veicular informação credível e ainda participando na educação não formal de cidadania e segurança, tornando-se assim protagonistas relevantes nos combates da designada “Cognitive Warfare”.

Carlos Gomes de Sá

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